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Gastos militares são quase metade do orçamento dos EUA

O complexo industrial-militar
Considerando as verbas secretas, os gastos relacionados a questões militares e de segurança podem ultrapassar os US$ 2 trilhões em 2012

O imperialismo norte-americano tem apresentado o seu orçamento de “defesa” (verbas alocadas em programas militares, na chamada segurança nacional, ou relacionadas com eles) como sendo de US$ 695 bilhões para o ano fiscal de 2012, que começará em outubro de 2011. Na realidade, considerando que o chamado orçamento de “defesa” encontra-se dividido entre vários departamentos ou ministérios, o valor ultrapassa os US$ 1,5 trilhões, o que corresponde a quase 50% do orçamento federal e a 30% dos impostos federais arrecadados; teve uma taxa de crescimento anual de aproximadamente 9% desde o ano 2000, o que representa mais de três vezes a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no período. Considerando ainda as verbas secretas, o valor pode ultrapassar os US$ 2 trilhões.


O DoD (Departamento de Defesa) tem orçamento previsto de US$ 707,5 bilhões contemplando, além do orçamento base, o contingenciamento para operações no exterior. Para Assuntos Internacionais serão destinados mais de US$ 50 bilhões, direcionados principalmente para fomentar a venda de material bélico. Para o Departamento de Energia (controle e logística das armas nucleares), US$ 21,8 bilhões; para o desenvolvimento de armas nucleares, US$ 2,2 bilhões; para o Programa de Satélites da NASA, mais de US$ 6 bilhões (quase 50% do orçamento total). As cifras oficiais para as Operações no Iraque e Afeganistão são de US$ 118 bilhões.


Os juros relacionados às dívidas contraídas em guerras anteriores representarão mais de US$ 300 bilhões. Os gastos com treinamento militar consumirão US$ 172 bilhões. Para o atendimento médico de 9,6 milhões de soldados na ativa, retirados e às suas famílias serão destinados US$ 95 bilhões; para Assuntos de Veteranos de Guerra (atendimento psicológico, serviços de funerais, créditos imobiliários e outros), US$ 70 bilhões. O Escritório de Emprego e Treinamento para Veteranos de Guerras do Ministério do Trabalho receberá US$ 300 milhões; para Pensões para os Veteranos, serão destinados US$ 54,6 bilhões. 


As agências de espionagem tiveram um sensível acréscimo nos seus orçamentos. O Programa Homeland Security, focalizado no controle de fronteiras, contraterrorismo e cyber-segurança, tem um orçamento previsto de US$ 46,9 bilhões. A CIA (Agência Central de Inteligência) e algumas outras agências de espionagem contam com US$ 53,5 bilhões. O Departamento de Justiça destinará mais de US$ 23 bilhões para o FBI (polícia federal dos EUA), a DEA (departamento anti-narcóticos), o Sistema Prisional (que é terceirizado, e hoje conta com mais de 2,5 milhões de presos), o BATR (Controle de Álcool, Tabaco, Explosivos e Armas de Fogo), a Divisão de Segurança Nacional e outras organizações policiais. Somente o programa de contraterrorismo do FBI contará com US$ 2,7 bilhões, um terço do total do orçamento desse organismo.


O Departamento de Estado alocará mais de US$ 40 bilhões para operações no Paquistão, a USAID (uma agência do governo dos EUA formalmente orientada para a ajuda ao desenvolvimento, mas, na prática, fortemente enquadrada na estratégia militar do imperialismo norte-americano), Corpo de Paz, Narcóticos Internacional, Administração de Assuntos Estrangeiros, e Organizações Internacionais e Manutenção da Paz.


Adicionalmente, existem verbas classificadas como secretas, cujo montante é desconhecido, tais como as relacionadas com a inteligência militar do programa NIP (Programa de Inteligência Nacional), que contempla as operações no Afeganistão e o Paquistão, cyber-segurança, contraterrorismo, espionagem de governos estrangeiros e grupos qualificados como terroristas. A CIA é uma grande provedora desses recursos secretos, provenientes, principalmente, do tráfego de drogas e outras operações ilícitas, tais como lavagem de dinheiro e prostituição.


O crescente gasto do imperialismo com suas agências de repressão, tanto doméstica como internacional é uma expressão contábil da crise política do imperialismo, que vê sua dominação ameaçada por todos os lados pela revolta dos povos e um elemento decisivo no aprofundamento da crise financeira do Estado norte-americano, principal sustentáculo do imperialismo mundial e do capitalismo em geral.


Fonte: PCO

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