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Greve da Rede Federal de Ensino: Resultados efetivos nas negociações dependem da nossa mobilização e união

Atingimos um mês da greve do SINASEFE e neste momento é valido fazer uma análise objetiva do nosso movimento. Não é nenhuma novidade que esta é uma grande greve para a história de nossa entidade, e em outras oportunidades já dissemos isto. O fato importante desta greve é o que toda esta força demonstra: estamos no limite dos absurdos que podíamos suportar em nossa rede. Estamos cansados de enfrentar problemas diariamente para exercer nossas atividades com dignidade e com o mínimo de condições, por isso, deflagramos uma greve para demonstrar que estamos atentos e não aceitamos o tratamento que tem sido dado por este governo à rede federal de educação profissional e tecnológica.

È necessário considerar que nos últimos dias abrimos um canal importante de negociações com o Ministério da Educação, com a intermediação do CONIF. Foi a abertura deste canal, e o posicionamento do ministro da Educação, Fernando Haddad, que nos gerou a expectativa de que iremos receber respostas oficiais do MEC sobre nossa pauta de reivindicações, no que diz respeito a esta pasta.

No entanto, mesmo após abrirmos este canal com o MEC, ainda encontramos a já conhecida intransigência do Ministério o Planejamento, que insiste em não receber as entidades em greve. E é com este ministério que temos de negociar as nossas reivindicações relativas às questões econômicas.

O absurdo neste momento, em que já aguardamos as respostas do MEC às nossas demandas, é que ainda não tivemos avanços no Ministério do Planejamento. Os representantes desta pasta, nem mesmo em reunião com a nossa Central (CSP-Conlutas), não apresentaram qualquer proposta para o SINASEFE.

Então o que devemos fazer?

Precisamos manter nossa força na greve e reforçar nossa mobilização que já atinge mais de 70% da Rede Federal de Ensino.

Mesmo tendo boas expectativas por parte do MEC, para a próxima semana, e sabendo da assinatura de um acordo rebaixado com outras entidades, O SINASEFE AINDA NÃO RECEBEU, MUITO MENOS APROVOU, QUALQUER PROPOSTA DO GOVERNO PARA ATENDER NOSSAS REIVINDICAÇÕES.

Vamos continuar tentando furar o bloqueio e a intransigência do MPOG, que tem a obrigação de nos receber. O MPOG tem uma equipe específica para tratar de “Relações de Trabalho, Negociações e Relações Sindicais” e simplesmente decide se recusar a nos receber?

Não podemos admitir essa postura intransigente por parte do governo, representado pelo Secretário Duvanier Paiva e pela ministra Miriam Belchior. O diálogo e a negociação com este ministério é essencial para acelerar o atendimento de nossa pauta. Não podemos nos impressionar com as pressões que sofremos, e ainda vamos sofrer. A nossa unidade é a nossa fortaleza. Estabelecemos um calendário preliminar para a greve do SINASEFE e devemos continuar firmes no nosso movimento até a vitória, analisando JUNTOS as possíveis propostas do governo para o SINASEFE.

Nosso calendário está associado a apresentação de uma proposta do MEC na próxima terça-feira, dia 06 de setembro. Após essa apresentação por parte do MEC, devemos reunir nossa categoria, durante a rodada de assembleias de base, para analisar estas propostas nos dias 08, 09 e 12. Depois disso, no dia 13 de setembro, vamos nos reunir na 103ª PLENA do SINASEFE e, com a devida análise de cada base, definir EM CONJUNTO, os rumos do nosso movimento de greve.

Reafirmamos que os resultados efetivos na negociação no MEC e a quebra da intransigência do MPOG dependem de nossa mobilização e de nossa greve em cada campi, em cada unidade desta rede federal de ensino básico, profissional e tecnológico.

Juntos na luta até a vitória.

Fonte: SINASEFE

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