Num discurso na Assembleia Geral, o presidente Mahmoud Abbas perguntou ao países representados se vão continuar a permitir "a única ocupação no mundo".
Os EUA ameaçam com o veto e propoem mais conversações para adiar a decisão. E o embaixador de Israel em Portugal defendeu que os israelitas têm mais direitos sobre Jerusalém do que os portugueses têm sobre Lisboa.
"Este é o momento da verdade e o meu povo está à espera de ouvir a resposta do mundo", declarou Abbas no discurso na Assembleia Geral da ONU, que se realiza em Nova Iorque, onde entregou o pedido de reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito da ONU. "Numa altura em que o povo árabe afirma a sua busca pela democracia - a primavera árabe - chegou a altura da primavera palestina, a altura da independência", acrescentou Abbas.
O presidente norte-americano já tinha ameaçado com o uso do veto ao reconhecimento do Estado palestino no Conselho de Segurança, onde a maioria dos países se inclina para votar no sentido da aceitação do pedido formulado por Abbas. A diplomacia de Washington quer agora condicionar a votação do pedido a um novo período de negociações entre Israel e Palestina, mas nem o próprio quarteto para o Médio-Oriente - composto por EUA, UE, Rússia e ONU e criado em 2002 para acompanhar o processo de paz - chegou a um consenso sobre os dossiers mais complicados que dividem as duas partes.
Noutro discurso, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu respondeu à iniciativa de Abbas, dizendo que "os palestinos deviam primeiro fazer a paz com Israel e depois conseguir o seu Estado" e classificando a reunião da ONU como um "teatro do absurdo". Netanyahu atacou também a presidência libanesa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que diz ser "controlado pelo Hezbollah".
Na declaração aprovada, o quarteto defende negociações directas entre Israel e Palestina no prazo de um mês para definir uma agenda e aponta o fim de 2012 como prazo para um acordo final. Em troca, o processo de reconhecimento ficaria congelado na ONU por igual prazo.
Entretanto, o Comité de Solidariedade com a Palestina divulgou um comunicado em que exige a chamada do embaixador israelita em Lisboa para dar explicações ao governo português. Em causa estão as declarações de Ehud Gol à TVI24, em que afirmou que os israelitas têm mais direitos sobre Jerusalém do que os portugueses têm sobre Lisboa.
"Em qualquer país que prezasse a sua dignidade e soberania, a provocação do embaixador Gol na TVI 24 valer-lhe-ia ser imediatamente declarado persona non grata", defende o Comité de Solidariedade, que lembra ainda o "desprezo da Embaixada israelita pela dignidade de um país anfitrião, neste caso Portugal", a propósito do "check point que há vários anos tem instalado a sua porta, a interromper o trânsito num dos sentidos da R. Pinheiro Chagas", e defende que Lisboa siga o exemplo de Oslo e mude a embaixada para fora do centro urbano, "impedindo assim que os moradores do bairro se tornem escudos humanos de uma embaixada com especiais problemas de segurança".
Fonte: Diário Liberdade
"Este é o momento da verdade e o meu povo está à espera de ouvir a resposta do mundo", declarou Abbas no discurso na Assembleia Geral da ONU, que se realiza em Nova Iorque, onde entregou o pedido de reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito da ONU. "Numa altura em que o povo árabe afirma a sua busca pela democracia - a primavera árabe - chegou a altura da primavera palestina, a altura da independência", acrescentou Abbas.
O presidente norte-americano já tinha ameaçado com o uso do veto ao reconhecimento do Estado palestino no Conselho de Segurança, onde a maioria dos países se inclina para votar no sentido da aceitação do pedido formulado por Abbas. A diplomacia de Washington quer agora condicionar a votação do pedido a um novo período de negociações entre Israel e Palestina, mas nem o próprio quarteto para o Médio-Oriente - composto por EUA, UE, Rússia e ONU e criado em 2002 para acompanhar o processo de paz - chegou a um consenso sobre os dossiers mais complicados que dividem as duas partes.
Noutro discurso, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu respondeu à iniciativa de Abbas, dizendo que "os palestinos deviam primeiro fazer a paz com Israel e depois conseguir o seu Estado" e classificando a reunião da ONU como um "teatro do absurdo". Netanyahu atacou também a presidência libanesa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que diz ser "controlado pelo Hezbollah".
Na declaração aprovada, o quarteto defende negociações directas entre Israel e Palestina no prazo de um mês para definir uma agenda e aponta o fim de 2012 como prazo para um acordo final. Em troca, o processo de reconhecimento ficaria congelado na ONU por igual prazo.
Entretanto, o Comité de Solidariedade com a Palestina divulgou um comunicado em que exige a chamada do embaixador israelita em Lisboa para dar explicações ao governo português. Em causa estão as declarações de Ehud Gol à TVI24, em que afirmou que os israelitas têm mais direitos sobre Jerusalém do que os portugueses têm sobre Lisboa.
"Em qualquer país que prezasse a sua dignidade e soberania, a provocação do embaixador Gol na TVI 24 valer-lhe-ia ser imediatamente declarado persona non grata", defende o Comité de Solidariedade, que lembra ainda o "desprezo da Embaixada israelita pela dignidade de um país anfitrião, neste caso Portugal", a propósito do "check point que há vários anos tem instalado a sua porta, a interromper o trânsito num dos sentidos da R. Pinheiro Chagas", e defende que Lisboa siga o exemplo de Oslo e mude a embaixada para fora do centro urbano, "impedindo assim que os moradores do bairro se tornem escudos humanos de uma embaixada com especiais problemas de segurança".
Fonte: Diário Liberdade
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