Acesso ao IFB campus Planaltina
Nós trabalhadores da rede Federal de Ensino, vinculados ao Sindicato  Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e  Tecnológica (SINASEFE), que abrange servidores(as) Docentes e  Técnicos-Administrativo(as) em Educação lotados(as) nos Institutos  Federais de Ciência e Tecnologia(IFs), no Instituto de Educação para  Surdos(INES), nas Instituições Militares de Ensino, na Educação Federal  dos Ex-Territórios e no Colégio Pedro II/RJ, decidimos entrar em greve  para exigir respeito do governo federal. Exigir respeito não só com a  nossa categoria, mas também exigir um tratamento digno e respeitoso com a  educação pública de qualidade que oferecemos à população brasileira.
Temos enfrentado inúmeras situações prejudiciais à nossa categoria e  às nossas instituições e tudo isso nos levou a dar um basta e exigir uma  mudança de posição por parte do Governo Dilma. Entenda melhor alguns  desses desrespeitos:
Desde julho do ano de 2010 (mais de um ano) tentamos negociar nossas  reivindicações com o Governo Federal e somos ignorados ou relegados a um  segundo plano, talvez por opção política de quem deveria procurar  dialogar e negociar com os trabalhadores e trabalhadoras da nossa rede.
Assim que assumiu, a presidente Dilma vem anunciando uma série de  cortes orçamentários e, o pior, uma boa quantia na área da Educação.  Dentro do corte oficial, previsto inicialmente em 50 bilhões de reais,  mais 3,5 bi saíram da Educação. Com estes cortes problemas que já  existiam foram se somando: os concursos foram suspensos e nossos  direitos básicos estão sendo negados, subitamente redefinidos, ou até  mesmo retirados, sem um diálogo com nossa representação sindical.
Além dos cortes orçamentários, também já estão em tramitação no  Congresso Nacional projetos que afetam as nossas vidas e,  consequentemente, as vidas dos alunos(as) que atendemos na rede. São  projetos que definem um congelamento de gastos com servidores públicos  pelos próximos dez anos, outros projetos que transformam a avaliação de  desempenho em instrumento de demissão, e,ainda, prevêem a retirada de  direitos que nos mantiveram até hoje na luta pela manutenção da  qualidade de ensino nas IFEs onde trabalhamos.
Também não somos diferentes de trabalhadores (as) da iniciativa  privada, que sabem muito bem os efeitos de uma crise que já começa a  assustar a todos (as) ,a partir do aumento dos produtos e serviços –  desde a cesta básica, até os serviços essenciais como luz, gás,  telefone, entre outros. Ou seja, temos identificado no nosso dia-a-dia a  retomada do fantasma da inflação e das perdas salariais que ele causa e  que começam a rondar nossas vidas novamente.
Além de nos preocuparmos com nossos salários e com nossos direitos  econômicos e corporativos, temos também a preocupação de defender e  ampliar ainda mais a qualidade dos serviços que prestamos à sociedade.
Nós últimos anos, a expansão da Rede Federal de Ensino tem trazido  demandas que partem da estruturação dessas novas unidades até a  manutenção e melhoria daquelas que já estão defasadas pelas décadas de  existência. Isso sem falar da regularização daquelas unidades que nem  sequer saíram do papel e da promessa de campanha do atual governo.
Para que a expansão seja realizada é preciso muito mais do que  promessas e notícias vazias por parte do governo. Um governo que quer  continuar utilizando a Educação como bandeira de administração, não  deve, ao mesmo tempo, iniciar o mandato retirando mais de 3,5 bilhões de  reais da Educação. É necessário respeitar professores(as),  técnicos-administrativos(as), pais, estudantes, enfim, respeitar toda a  comunidade escolar.
Estamos partindo para uma greve exatamente porque não tivemos a  oportunidade de negociar a nossa pauta, já que o governo tomou a decisão  de enrolar os servidores(as) e seus sindicatos, nas mesas que deveriam  ser de negociação. Estamos neste embate contra a nossa patroa,  exatamente pela falta de perspectiva para a atendimento de questões que  entendemos como fundamentais para toda população. O governo já  estabeleceu que irá economizar com os nossos salários, com a suspensão  de mais concursos para novos servidores(as), com a redução de recursos  na ampliação da rede federal de ensino, entre outras questões que  consideramos inadmissíveis.
Exigimos continuar construindo uma educação pública de qualidade, e  para isso pretendemos que nosso movimento grevista possa denunciar as  práticas desse novo governo e também estabelecer um novo patamar nas  negociações que devem atender minimamente às nossas reivindicações e às  exigências de nossas comunidades escolares.
Contamos com o seu apoio ao nosso movimento e também esperamos que  possam exigir do governo que estabeleça um processo negocial com nosso  Sindicato Nacional, buscando resolver o mais rápido possível os impasses  que venham a ser gerados pela greve da nossa categoria.
PELA RETOMADA JÁ DOS CONCURDOS PUBLICOS COM O FIM DAS TERCERIZAÇÕES E DA PRECARIZAÇÃO NAS NOSSAS ESCOLAS
PELA VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, COM A REESTRUTURAÇÃO DAS CARREIRAS E REAJUSTE DE SALÁRIOS BASE
CONTRA OS PROJETOS DE LEI QUE CONGELAM GASTOS COM SERVIÇOS E  SERVIDORES(AS) PÚBLICOS, QUE ESTABELECEM AVALIAÇÃO PARA DEMISSÃO DOS  SERVIDORES(AS), CRIAM FUNDOS PRIVADOS DE PREVIDÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO E  DEMAIS PROJETOS QUE TRAMITAM NO CONGRESSO PARA RETIRAR DIREITOS
 
 
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